quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Fortaleza dos Reis


Lamento que no dia de hoje 06/01/2011 em nenhuma mídia da cidade se tenha lembrado o aniversário do dia da Fortaleza dos Reis. O ano passado conseguimos a matéria que segue adiante do Diário de Natal, além de materias na TV Cabugi e Tv Ponta Negra, que tentaremos postar posteriormente.

Diário de Natal
Edição de quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
412 ANOS // Justa homenagem ao forte e a Jerônimo
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

O principal marco da cidade de Natal, a Fortaleza dos Reis Magos, fincada na união do Rio Potengi com o Oceano Atlântico, completa hoje 412 anos. Para lembrar a data e prestar as merecidas homenagens a Jerônimo de Albuquerque, um dos fundadores da cidade, um grupo de potiguares e a Associação de Praticagem de Natal vão fazer hoje, às 8h, de barco, a reconstituição da chegada, no canal da barra, da missão portuguesa que retomou as terras potiguares dos invasores franceses. O percurso vai durar em torno de uma hora, partindo da Redinha e seguindo até a entrada na boca da barra, retornando em seguida para a Redinha.


Alexandre: forte e Jerônimo foram importantes para a proteção do Brasil Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O poeta e estudante de Ciências Sociais Alexandre Moura vai estar vestido com réplicas de trajes de Jerônimo de Albuquerque, numa homenagem ao grande heroi da missão responsável pela reconquista da costa do Norte-Nordeste do Brasil. De acordo com Alexandre Moura, que há cinco anos também homenageia, na Semana da Pátria, o mártir revolucionário André de Albuquerque Maranhão, vestindo-se com trajes da época, a reconstituição da chegada da missão portuguesa é uma forma de resgatar a importância de Jerônimo de Albuquerque e da Fortaleza dos Reis Magos para a reconquista do território brasileiro. A história conta que em 6 de janeiro de 1598 iniciava-se, na foz do Rio Potengi, a construção da Fortaleza do Reis Magos, uma poderosa máquina de guerra que tinha como missão a reconquista do Norte e Nordeste do Brasil, na época sobre controle dos franceses. A fundação da cidade de Natal ocorreria dois anos após, em 1600. Com a morte do jovem rei de Portugal D. Sebastião, em 1578, na batalha das areias de Alcácer-Quibir (Marrocos), o reino de Portugal fica sem herdeiros e passa para o controle da Espanha, formatando a chamada União Ibérica, a qual, em conflito com a França, ordena a imediata expulsão dos franceses das terras do Brasil.

Amazônia

Dentre os principais comandantes dessa missão, estava Jerônimo de Albuquerque que participa indiretamente da retomadado Ceará e, posteriormente, como próprio comandante da épica batalha de Guaxenduba, reconquista o Maranhão, dando a esse bravo guerreiro o direito de incorporar a alcunha de Maranhão ao nome da família. Essas duas conquistas viabilizam a retomada do Pará e da Amazônia para a União Ibérica expulsando definitivamente os Franceses do Brasil. "Se não fosse a importância estratégica do forte, a Amazônia não era território brasileiro, porque depois que os franceses foram expulsos seguiram para a Guiana Francesa que até hoje pertence à França", destacou Alexandre Moura. Filho de Jerônimo de Albuquerque, um fidalgo português, e da filha do cacique da tribo caetés, Jerônimo é fundador da cidade de Natal e do Engenho Cunhaú, que liderou a economia do estado por quase três séculos e foi palco da revolução de 1817 e do massacre do Cunhaú.

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Publicado na:
Edição de quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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