segunda-feira, 8 de agosto de 2011

“Encontro Bélico”



“Encontro Bélico”

O amor é um “encontro bélico”
Heteromáquico
Ascético e cáustico
Um mar interior
Um Golfo...
Pérsico
Que carreia nossas águas
E faz com que se migre  
Entre estreitos e deltas
Entre Irãs e Iraques
Entre o Eufrates e o Tigre.

Capitão Mouro
Agosto 2011
 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Homem que virou ponte


DEVANEIO DO OLHAR (a Newton Navarro)

Uma vez, em Paris...
O Sena
Porcalhou minha pena
...Uma vez, em Lisboa...
O Tejo
Porcaria meu gajo

Já o Potengi
Com seus músculos à mostra
Estrela de pedra e cal
Cordas, cantil e alforje
Com dunas plantadas no chão
Alíseos no horizonte
Só nele e em mais nenhum
Meu coração será ponte...

Capitão Mouro
Julho de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Amanda! A revolução!


Amanda! A revolução

Irrefutável é o meu amor
Por que amo diariamente
De manha, de tarde e de noite.
Multiplicando o meu amor
Indefinidamente!

E falo com propriedade
De alguém que ama de verdade
Mesmo em condição precária
O amor é minha necessidade
Meu alimento e indumentária
Nele me locomovo
E se me impedem de amar
Teimo em amar de novo!

Meu amor não é tolo e ingênuo
Tem furor incendiário
Aclama os corações
E faz sair dos porões
Amantes revolucionários
Meu amor é Irrefutável
Seduz convence e contamina
Tem força e dignidade
Causa espanto e comoção
Escapa a qualquer controle
Tem poder de propagação

Desafia o que está posto
E indiferente ao meu gosto
Crava no meu peito a medalha!  
De heroína da revolução!

Capitão Mouro
Maio 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

















“Al-Qaeda” (A Base)

Minha lua e minha estrela
Sou teu radical islâmico
Louvado seja Allah!

Teu amor é meu Ramadan
É meu “ser ardente”
Meu jejum sagrado
É o meu Islã

Revelação profunda
Da alvorada ao pôr-do-sol
Celebração noturna
Minha "Jihad Maior"

Hidrata as minhas veias
Em pleno deserto
É a minha “Al-Base”
Minha "noite do decreto"

Obama foi para os EUA
João Paulo foi para Roma
Teresa, pra Calcutá
Hussein morreu enforcado
Diana por querer amar

Osama nem se sabe mais
Se existiu ou jaz
No fundo mar
E de que adiantaria?
Pois deles não carecia
Essa poesia
Nem Al-coração
Pra poder te amar!

Capitão Mouro
Maio 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

No meio do caminho tinha uma bala!



No meio do caminho tinha uma bala
Tinha uma bala no meio do caminho
E no caminho da bala tinha uma cabeça
A cabeça e a bala numa mesma linha
Uma bala e uma cabeça
E mesmo que não pareça
A cabeça era a minha

E era minha essa bala?
No meio do caminho
O ovo da serpente
Não se faz de repente
A serpente e o ovo
Precisam de um ninho

A minha retina já tão fatigada
Não conteve o choro
Molhou minha fala

No meio do caminho
Não tinha uma pedra
Tinha uma cabeça
E tinha uma bala!

Capitão Mouro
Abril de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Enigma da Esfinge


O Enigma da Esfinge


Sou cidadão decente
Suponho-me bem informado
Assisto telejornal
Isento e bem editado
Lei jornal impresso
Cada vez mais ilustrados
E até da internet
Não tenho me descuidado

Com tanta informação
Sinto-me um cidadão
Até privilegiado
Sou contra as ditaduras
Defendo a democracia
A liberdade de imprensa
Pois só existe quem pensa
Sou do bem e não do mal
Defendo as minorias
E o direito individual
Eu amo a natureza
E luto com toda certeza
Contra o aquecimento global



Mais como diria Raul
Estou decepcionado
Não sou um reacionário
Nem mesmo revolucionário
Desde que me entendo por gente
Vejo críticas veementes
Contra ditadores sanguinários
De Hitler a Mussolini
Cansei de ouvir falar
Na América Latina
Não deixam de criticar
Hugo chaves e Fidel castro
A impressa com presteza
Não descuida do seu rastro

O mundo ocidental
Condena veementemente
A civilização do oriente
A China e a Correia
Parece uma epopeia
De uma loucura selvagem
E quanto aos mulçumanos
Nem perecem ser humanos
São loucos desajustados

Eu nunca vi ditadores
Com os nomes tão complicados
O Aiatolá Khomeini
É o primeiro do time
Depois vem Saddam Hussein
O famoso não sei quem
Vugo Osama bin Laden
E o último em atividade
È Mahmoud Ahmadinejad

É Al-Qaeda, é Talibã
È Xiita é irmandade
Nos últimos Trinta anos
Ouvi falar do Irã
Do Afeganistão do Iraque
Mais nunca vi ninguém criticar
Muhammad Hosni Mubarak


Do Egito já ouvi falar
Das Pirâmides e dos Faraós
Do Nilo e do Deserto
E do canal de Suez
Um gigantesco espelho
Que liga o Mar Mediterrâneo
Ao famoso Mar Vermelho
E da Esfinge de Gizé
Seu enigma não ignoro
Decifra-me ou te devoro!

Os manifestantes do Egito
Já não serão devorados
Pois um estranho enigma
Acabam de ter decifrado
O conceito de ditador
Parece esclarecido
Ditador bom é aquele
Que é aliado da Europa
E dos Estados Unidos

Capitão Mouro
Fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Com Freud e com afeto



Com Freud e com afeto


Afetos
sentimentos
amor
paixão
termos que se entrelaçam
que nos desafiam
por vezes , nos ameaçam
coloridos pelo sol
nos enlevam, encantam e arrebatam
nos arroubam e extasiam
nos embevecem e encantam

enfermos e.....
morbidamente lesados
maltrapilhos e maltratados
nos entregamos a tais afecções
sem prescindir ao extremo possível
sem oposição
sem intelecto ou razão
sem juízo
sem acordo com à verdade.

são nosso doces prediletos
e contra eles
nossas proteções internas mostram-se ineficazes.
somos seres bombas
kamikazes
res extensa
no banquete das emoções

é por que choramos que estamos tristes
é porque estamos tristes que choramos
nosso sorriso contradiz nosso desespero
nossa dor simula nosso gozo
máscaras ...
imprescindíveis máscaras
nossos sentimentos se escondem
no nosso semblante mais bonito
na face que oferecemos
com açúcar, com afeto
qual o que.........
sei lá o que ........


Para nossa amiga Nara
Saudações Freudianas
Capitão Mouro(Agosto 2005)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Triste! Até não poder mais!...


A vida só se inicia
Com a primeira trepada
Antes disso...é foda!
Somos nada!

No banheiro de um posto da estrada
Num vagão, na mesa, na escada
O amor foi feito pra amar
Mais sinceramente de preferência
Sob a lua e à beira mar

Há quão difícil é amar!
Há quão fácil é se enganar!
Meu corpo já não me satisfaz
Triste até não poder mais
Sou salva do charme do abismo
Das dores de eternas ressacas
O meu coração esta salvo
Pois agora ele é o alvo
De um atirador de facas!


Capitão Mouro inspirado no Filme
“A Mulher e o Atirador de facas” de Patrice Leconte
Janeiro 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011





A “Biswa Ijtema”, uma celebração muçulmana realizada todos os anos em Bangladesh, reuniu, entre os dias 21 e 23 de janeiro, 3 milhões de muçulmanos de 70 países. O encontro ocorreu na região de Tongi, subúrbio de Daca, capital do país. Bangladesh, com 130 milhões de habitantes, é um dos países mais populosos do mundo e tem a terceira maior população muçulmana do planeta.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Amor é fogo!


O amor
Planta raízes na selva
E lança fogo nos vales

Sem medo do castigo
Que se
reserva aos incendiários

Capitão Mouro/Zaratustra
Janeiro 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A Arte de Amar - Ovidio


Se teu amor receber uma acolhida pouco carinhosa e pouco afável, suporta tudo e conserva-te calmo: em breve se tornará mais amável. (A Arte de Amar, II, v.175).

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ame, Amy, Ame!



Amy winehouse - back to black
Enviado por yafs1925. - Explore outros vídeos de música.

Ame, Amy, Ame

Meus seios e meu coração expostos
Na varanda dos meus ossos
De frente pro malt
De frente pra morte
Sem “tempo pra se arrepender”
“Minhas lágrimas secas”
Descendo de dose em dose...
Sem gelo para derreter
Eu e minha paixão...
Embriagadas
Envelhecida
Destiladas
Em barris de carvalho.Caralho!
“Minhas chances estão empilhadas”
E você que não volta
“E eu que volto pra nós”
“Eu volto ao luto”
“Black, black, black”
Puro e sem gelo... por favor!

Capitão Mouro
Janeiro 2011

Fortaleza dos Reis Magos 3D

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tribuna do Norte | Nordeste: pioneirismo na Independência


Tribuna do Norte | Nordeste: pioneirismo na Independência

Nordeste: pioneirismo na Independência

Publicação: 06 de Setembro de 2009 às 00:00
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Marcelo BarrosoAlexandre Moura com a réplica das roupas de André de Albuquerque
Ellen Rodrigues
- Repórter

A Revolução de 1817 foi realizada cinco anos antes da Independência do País por quatro estados do Nordeste, mas pouco é falada nas salas de aula. Segundo o poeta e estudante de Ciências Sociais da UFRN, Alexandre Moura, o Rio Grande do Norte junto com a Paraíba, Ceará e Pernambuco foram os verdadeiros pioneiros no processo de independência política do país de Portugal.

“O movimento foi tão importante que cerca de 2.500 mil pessoas morreram na repressão das tropas da monarquia portuguesa, enquanto a Inconfidência Mineira, sempre tão estudada nas escola, nem chegou a ser concretizada e teve o saldo de apenas um morto, que foi Tiradentes”, destaca.

Com um acervo de livros que remonta a época da Revolução no RN, Alexandre mostra como o fato foi importante e cheio de passagens inusitadas, muitas vezes registradas pelos viajantes que passavam em território potiguar. O vinho das celebrações religiosas foi substituído pelo aguardente, a farinha de trigo pela farinha de mandioca e o tratamento de vosmicê de origem portuguesa deu lugar a “patriota” ou “você”.

“Tudo que vinha de Portugal foi abolido para provar que podíamos ser independentes politicamente da metrópole com a produção local”, explica Moura. André de Albuquerque Maranhão liderou o movimento no RN e era um dos homens mais ricos do Nordeste. Ele comandava as forças militares do estado, o equivalente à Polícia Militar de hoje. “Ele não fazia isso por poder, porque já o tinha, era pelo sentimento revolucionário”, opina Moura.

Moura lembra ainda da avó do escritor José de Alencar, a cearense Bárbara de Alencar, que comandou a Revolução no Ceará e foi a primeira presa política da história do país. “O feito é remetido à carioca Pagú, quando na verdade é de Bárbara, cujos bens da família foram todos confiscados”. Ele diz que é preciso resgatar a auto-estima do Nordeste e se orgulhar de sua importância histórica. “Quando a coroa portuguesa se instalou no país (1808) foram os altos impostos cobrados aos nordestinos que permitiram urbanizar o Rio de Janeiro”.

Café revolucionário

Com a réplica de uma das roupas usadas por André de Albuquerque, o poeta Alexandre Moura realiza segunda-feira (07), pelo quinto ano consecutivo, o “Café Revolucionário”. “No encontro lembramos a Revolução de 1817 e comemos apenas produtos da terra, como a tapioca e carne de sol”, explica. Realizado na residência de Moura, os amigos “revolucionários” se confraternizam e assistem ao desfile ao estilo do século XIX.

Riqueza potiguar é destaque
Entre as reminiscências de uma época em que a comunicação era difícil e demorada, Alexandre Moura destaca os elogios do viajante inglês Henry Coster em visita às terras potiguares. Sua impressões estão registradas na página 151 da obra “Viagens ao Nordeste do Brasil”. Ele foi recebido na casa Grande do Engenho Cunhaú, pelo Coronel André Albuquerque:

“Encontrei, na sala de jantar, uma comprida mesa inteiramente coberta de pratos incontáveis , suficiente para 20 pessoas. Sentamo-nos, o coronel, seu capelão, outra pessoa e eu”, escreveu o visitante, e acrescentou:

“Quando eu havia saboreado bastante para estar perfeitamente saciado, surpreendeu-me a vinda de outro serviço, igualmente profuso, da galinhas, pastéis, etc., e ainda apareceu um terceiro, tendo pelo menos, dez espécies diferentes de doces. O jantar não podia ter sido melhor preparado nem mais perfeito mesmo que fosse feito no Recife, e um epicurista inglês teria ali com que agradar seu paladar”.

domingo, 9 de janeiro de 2011







André de Albuquerque, que decretou Brasil livre antes de Dom Pedro I e em terras potiguares, recebe homenagem em Natal
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@diariosassociados.com.br



A independência do Brasil, que será comemorada amanhã, representa mais para o povo norte-rio-grandense do que o que se lê na história oficial, que dá todos os méritos e tributos a Dom Pedro I e Tiradentes. Cinco anos antes do grito que se ouviu das margens do Ipiranga e longe da Inconfidência Mineira, no dia 28 de março de 1817, um homem começou nas terras potiguares um governo independente de Portugal e de ideais tipicamente republicanos. O governo durou 23 dias e o líder do movimento revolucionário foi ferido à espada e preso no Forte dos Reis Magos, onde agponizou até à morte, sendo depois arrastado pelas ruas da cidade e sepultado na matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

O poeta Alexandre Moura vestido a caráter, sentado no túmulo do revolucionário Foto: Maria Iglê/Especial/DN/D.A Press
O revolucionário André de Albuquerque Maranhão não é reconhecido como herói nacional, tampouco do estado e nem de Natal. Não se reconhece o feito de ter lutado pelos ideais de independência e de caráter republicano 72 anos antes de o marechal Deodoro da Fonseca fazer aProclamação da República. Essa falta de reconhecimento das autoridades e do povo potiguar tem despertado a atenção do poeta e estudante de sociologia da UFRN, Alexandre Moura, que há alguns anos reúne amigos no dia 7 de setembro em sua casa para homenagear o líder da Revolução Republicana do Século 19.

"Todos se vestem a caráter igual aos republicanos da época com a mesma animação de quem vai assistir a um jogo da seleção. Essa é uma forma de prestar tributo ao mártir do povo potiguar e sua importante participação nos ideais revolucionários pela libertação do país da coroa portuguesa", justifica Alexandre. Para ele, essa é uma forma também de chamar a atenção das autoridades do estado. "Na Semana da Pátria, o Rio Grande do Norte tem a obrigação moral de comemorar o herói da terra. As escolas só falam no Grito do Ipiranga e na Inconfidência Mineira, que com toda sua importância foi um movimento abortado não chegando ao fim, enquanto que em Natal os revolucionários chegaram ao poder e governaram durante 23 dias. Foi um movimento futurista e vanguardista e se os livros didáticos excluem esse fato histórico no episódio, os professores das escolas norte-rio-grandenses não devem esquecer isso, porque não podemos se autodiscriminar".

Saiba mais

Segundo a enciclopedia virtual Wikipedia (www.wikipedia.org), André de Albuquerque Maranhão foi o chefe, no RN, da Revolução de 1817 (também conhecida como ). Era proprietário rural, Cavaleiro da Casa Real e Senhor de Cunhaú. Era herdeiro opulentíssimo do Morgado Cunhaú e, por seus relevantes serviços, foi condecorado com o hábito de Cristo e a patente de Coronel de Milícias a cavalo.

Na manhã de 28 de março, André, com sua tropa, parentes e oficiais, faz a entrada solene na capital, apoiado pela Companhia de Linha. No dia 30, chega o reforço militar da Paraíba, cinquenta soldados, comandados por José Peregrino Xavier de Carvalho. Mas após a partida destes em 25 de Abril de 1817 enfraquece o governo de André de Abuquerque.

Ele teve sua sala invadida por contrarrevolucionáriose, sozinho, foi ferido por Antônio José Leite Pinho que o atingiu com a espada na virília. Ferido, foi conduzido à Fortaleza dos Três Reis Magos e colocado num quarto escuro. Sem assistência, sem tratamento, agonizou até a morte. Câmara Cascudo descreve que o corpo de André de Albuquerque foi arrastado pelas ruas da cidade, nú, sujo de sangue coagulado, para ser sepultado na Matriz

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Edição de domingo, 6 de setembro de 2009


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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Carnaval 2010 -Publicado no Jornal o Estado de Sao Plauo


http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100215/not_imp511506,0.php

''Lula'' e Homem-Aranha caem na folia pelas ruas de Olinda
Bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça é destaque na cidade
15 de fevereiro de 2010 | 0h 00
Leia a notícia
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Angela Lacerda - O Estadao de S.Paulo
Nove horas da manhã de domingo, Alto da Sé, Olinda.


Ainda transitável, a cidade começava a receber os foliões que se preparavam para sair com o bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça que, aos 15 anos de vida, se transformou em uma das maiores atrações do carnaval de Olinda. Na concentração, quando se pode apreciar a criatividade das fantasias, não cabem apenas super-homens, mulheres-maravilha, volverines e tartarugas ninja.

Alexandre Moura, carnavalesco que faz sucesso travestido do cantor brega Reginaldo Rossi, desta vez veio com personalidade dupla. Com o inseparável violão - que toca em plena folia, cantando músicas que falam de traições e amores despedaçados de autoria de Rossi -, também encarnou o presidente Lula. De faixa presidencial, pisava sobre um planeta Terra de plástico ("o mundo está aos meus pés") ao cantar a música Megalomaníaco - "Eu sou bom pernambucano/sou personalidade do ano/Só penso alto/Nem pressão baixa eu quero mais".

Os seguidores de sua performance vestiam jalecos de médico e enfermeiras. Seu assessor levava também uma enorme pasta com a inscrição "Superagenda" e trazia medidor de pressão para atender "Lula". A brincadeira aludia à crise de pressão alta sofrida pelo presidente em sua visita a Pernambuco, mês passado.

Com uma gaiola e um passarinho de madeira colado sobre ela, o carnavalesco olindense Zurdival Pino instigava: "Quem você gostaria de ver preso"? A lista de mais votados incluiu o presidente do Senado, José Sarney, "minha sogra", o deputado federal pernambucano Inocêncio Oliveira, bispo Macedo e "a amante do meu marido".

Por volta do meio-dia, o Enquanto Isso... ganhou as ruas, ao som de orquestras de frevo e acompanhado de uma multidão que já havia curtido os contendores de luta livre que "brigam" em um ringue - armado e desarmado de acordo com o cansaço dos heróis Mucha Lucha, Capitão Presença e El Vingador.

O Homem-Aranha Jailson de Oliveira, um dos mais famosos integrantes do bloco e que chama a atenção durante todo o carnaval subindo em sacadas, muros e telhados da cidade histórica, ontem escalou o reservatório de água, de 19 metros, localizado próximo da concentração.

A essa altura já era complicado andar pelas ruas que foram sendo tomadas, até a noite, por agremiações e mais agremiações - de improvisadas a tradicionais, como as troças Vassourinhas de Olinda, Elefante e Flor da Lira.

Enquanto os super-heróis brilhavam em Olinda, em Bezerros, no agreste, a 100 km do Recife, era reeditado o encontro dos papangus, com grupos mascarados que nasceram pobres, usando farrapos e máscaras de papel machê, e que hoje primam por fantasias sofisticadas e usam máscaras sintéticas.

A estilização é criticada pelos que defendem a tradição, mas o bloco atrai cada vez mais gente para as ruas. O nome papangu se deve ao hábito de mascarados que batiam às portas das casas pedindo angu antes de cair na folia.




Carnaval 2010 -Publicado no Portal G1


http://g1.globo.com/Carnaval2010/0,,MUL1490748-17812,00-BLOCO+DE+CARNAVAL+EM+OLINDA+TEM+LULA+DOENTE+E+SUPERHEROIS.html

14/02/2010 - 16h02 - Atualizado em 14/02/2010 - 16h27

Bloco de carnaval em Olinda tem Lula doente e super-heróis
Fantasia do presidente contava até com música tema.
Bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça arrastou centenas na cidade.
Luísa Brito

Do G1, em Olinda
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Homem fantasiado do presidente Lula doente era acompanhado por suas enfermeiras e médico (Foto: Luísa Brito/G1)Nem o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escapou de ser satirizado no carnaval de Olinda. Com barba grisalha, vestido de paletó e com a faixa presidencial verde e amarela no peito o poeta Alexandre Moura, de 51 anos, representava o presidente seguido por três enfermeiras e um médico no desfile do bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça, neste domingo (14), em Olinda. O bloco arrastou centenas de pessoas pelas ladeiras do sítio histórico da cidade.

Moura contou que teve a ideia da fantasia após o episódio no qual o presidente Lula passou mal com uma crise hipertensiva durante visita ao Recife. Na época, assessores culparam o estresse provocado pela grande quantidade de compromissos do presidente. Por isso, uma das enfermeiras carregava a super agenda cheia de compromissos do presidente.



Saiba mais

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» Quem ligar som alto no carnaval de Olinda pode pagar multa de R$ 7 milCom um violão, Moura cantarolava a música “Eu sou o cara” tema de seu personagem, cujo refrão dizia “Eu vou para rua com humildade brincar o carnaval no maior bloco do universo, sou o maior estadista global”.

O grupo chamava atenção no bloco, cuja proposta é reunir pessoas fantasiadas de super-heróis convencionais ou não. A terapeuta ocupacional Kátia Magdala, de 46 anos, por exemplo, estava com outros nove amigos fantasiada de super-feliz. “Estamos vivendo um tempo de muita catástrofe, então fizemos essa fantasia para exaltar a felicidade”, disse.




G1
Amigos com fantasia de super-feliz em bloco em Olinda (Foto: Luísa Brito/G1)Até a superstição virou nome de heroína no desfile do bloco. Um grupo de primos e amigos formado por pernambucanos e mineiros escolheu a palavra para dar nome a sua fantasia. Uns estavam de vermelho que representava pimenta contra mal olhado, uma de azul era o olho turco, uma de verde era o trevo e um de branco, o São Jorge. Todos tinham adesivos de olhos turcos, santos e outros apetrechos para dar sorte colados na roupa.

Já as amigas paulista Maria Carolina Matos, de 32 anos, Júlia da Silva, 29, Maria Lúcia Cardoso, 32, e Ana Lúcia Ferreira, de 28 anos, preferiram escolher uma heroína tradicional e usavam uma fantasia de She-ha. “Somos mulheres poderosas”, disse Júlia, para explicar a razão de elas terem escolhido a personagem.


http://g1.globo.com/Carnaval2010/0,,MUL1490748-17812,00-BLOCO+DE+CARNAVAL+EM+OLINDA+TEM+LULA+DOENTE+E+SUPERHEROIS.html

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Fortaleza dos Reis


Lamento que no dia de hoje 06/01/2011 em nenhuma mídia da cidade se tenha lembrado o aniversário do dia da Fortaleza dos Reis. O ano passado conseguimos a matéria que segue adiante do Diário de Natal, além de materias na TV Cabugi e Tv Ponta Negra, que tentaremos postar posteriormente.

Diário de Natal
Edição de quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
412 ANOS // Justa homenagem ao forte e a Jerônimo
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

O principal marco da cidade de Natal, a Fortaleza dos Reis Magos, fincada na união do Rio Potengi com o Oceano Atlântico, completa hoje 412 anos. Para lembrar a data e prestar as merecidas homenagens a Jerônimo de Albuquerque, um dos fundadores da cidade, um grupo de potiguares e a Associação de Praticagem de Natal vão fazer hoje, às 8h, de barco, a reconstituição da chegada, no canal da barra, da missão portuguesa que retomou as terras potiguares dos invasores franceses. O percurso vai durar em torno de uma hora, partindo da Redinha e seguindo até a entrada na boca da barra, retornando em seguida para a Redinha.


Alexandre: forte e Jerônimo foram importantes para a proteção do Brasil Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O poeta e estudante de Ciências Sociais Alexandre Moura vai estar vestido com réplicas de trajes de Jerônimo de Albuquerque, numa homenagem ao grande heroi da missão responsável pela reconquista da costa do Norte-Nordeste do Brasil. De acordo com Alexandre Moura, que há cinco anos também homenageia, na Semana da Pátria, o mártir revolucionário André de Albuquerque Maranhão, vestindo-se com trajes da época, a reconstituição da chegada da missão portuguesa é uma forma de resgatar a importância de Jerônimo de Albuquerque e da Fortaleza dos Reis Magos para a reconquista do território brasileiro. A história conta que em 6 de janeiro de 1598 iniciava-se, na foz do Rio Potengi, a construção da Fortaleza do Reis Magos, uma poderosa máquina de guerra que tinha como missão a reconquista do Norte e Nordeste do Brasil, na época sobre controle dos franceses. A fundação da cidade de Natal ocorreria dois anos após, em 1600. Com a morte do jovem rei de Portugal D. Sebastião, em 1578, na batalha das areias de Alcácer-Quibir (Marrocos), o reino de Portugal fica sem herdeiros e passa para o controle da Espanha, formatando a chamada União Ibérica, a qual, em conflito com a França, ordena a imediata expulsão dos franceses das terras do Brasil.

Amazônia

Dentre os principais comandantes dessa missão, estava Jerônimo de Albuquerque que participa indiretamente da retomadado Ceará e, posteriormente, como próprio comandante da épica batalha de Guaxenduba, reconquista o Maranhão, dando a esse bravo guerreiro o direito de incorporar a alcunha de Maranhão ao nome da família. Essas duas conquistas viabilizam a retomada do Pará e da Amazônia para a União Ibérica expulsando definitivamente os Franceses do Brasil. "Se não fosse a importância estratégica do forte, a Amazônia não era território brasileiro, porque depois que os franceses foram expulsos seguiram para a Guiana Francesa que até hoje pertence à França", destacou Alexandre Moura. Filho de Jerônimo de Albuquerque, um fidalgo português, e da filha do cacique da tribo caetés, Jerônimo é fundador da cidade de Natal e do Engenho Cunhaú, que liderou a economia do estado por quase três séculos e foi palco da revolução de 1817 e do massacre do Cunhaú.

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Publicado na:
Edição de quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bem para lá de Belém!

http://www.youtube.com/watch?v=tWpMBZ197qo


Poesia em homenagem a Fortaleza dos Reis (Natal-RN)


Surgindo dos arrecifes
Que tua forma sustenta
Em tuas linhas ostentas
Irresistível atração
Traiçoeira tentação
De sedutora beleza
Reservas mistério e surpresa
Como o canto de uma sereia
A tarântula e sua teia
Aprisionando suas presas

Termina no Rio Grande do Norte
O Brasil do Século XVI
Mas a Fortaleza dos Reis
Quer vê-lo além do Ceará
Bem adiante será
Seu limite e direção
Bem após o Maranhão
O Brasil vai mais além
Bem Pará lá de Belém
Suas Fronteiras serão

Conhecendo tal história
É justo que se interprete
Que no século XVII
É indiscutível e notório
Cresceu nosso território
Em mais ou menos 1/3
E pelo Brasil reconheço
A Amazônia seria Francesa
Sem a nossa Fortaleza
Que desta conquista foi berço

Mas que singular destino
A Geografia reservou a Natal
Na segunda Guerra Mundial
Foi trampolim da vitória
Viveu momentos de glória
O Aeroporto de Parnamirim
Estratégico em seu fim
E também a base Naval
De importância estrutural
Nos céus e os mares enfim

A base de lançamento de Foguetes
Da barreira do Inferno
Já em tempos modernos
Foi apoio fundamental
Da conquista espacial
Mas desde o século XVI
Em nenhuma delas vereis
A autonomia de ação
E o poder de decisão
Da Fortaleza dos reis

No rio, no mar, nas areias.
Imperas silenciosa
Do alto sois uma rosa
Majestosa Fortaleza
Passado de realeza
Tens estrutura imponente
És a estrela cadente
Da expansão setentrional
E trampolim Principal
Para o Brasil ir adiante