domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Enigma da Esfinge


O Enigma da Esfinge


Sou cidadão decente
Suponho-me bem informado
Assisto telejornal
Isento e bem editado
Lei jornal impresso
Cada vez mais ilustrados
E até da internet
Não tenho me descuidado

Com tanta informação
Sinto-me um cidadão
Até privilegiado
Sou contra as ditaduras
Defendo a democracia
A liberdade de imprensa
Pois só existe quem pensa
Sou do bem e não do mal
Defendo as minorias
E o direito individual
Eu amo a natureza
E luto com toda certeza
Contra o aquecimento global



Mais como diria Raul
Estou decepcionado
Não sou um reacionário
Nem mesmo revolucionário
Desde que me entendo por gente
Vejo críticas veementes
Contra ditadores sanguinários
De Hitler a Mussolini
Cansei de ouvir falar
Na América Latina
Não deixam de criticar
Hugo chaves e Fidel castro
A impressa com presteza
Não descuida do seu rastro

O mundo ocidental
Condena veementemente
A civilização do oriente
A China e a Correia
Parece uma epopeia
De uma loucura selvagem
E quanto aos mulçumanos
Nem perecem ser humanos
São loucos desajustados

Eu nunca vi ditadores
Com os nomes tão complicados
O Aiatolá Khomeini
É o primeiro do time
Depois vem Saddam Hussein
O famoso não sei quem
Vugo Osama bin Laden
E o último em atividade
È Mahmoud Ahmadinejad

É Al-Qaeda, é Talibã
È Xiita é irmandade
Nos últimos Trinta anos
Ouvi falar do Irã
Do Afeganistão do Iraque
Mais nunca vi ninguém criticar
Muhammad Hosni Mubarak


Do Egito já ouvi falar
Das Pirâmides e dos Faraós
Do Nilo e do Deserto
E do canal de Suez
Um gigantesco espelho
Que liga o Mar Mediterrâneo
Ao famoso Mar Vermelho
E da Esfinge de Gizé
Seu enigma não ignoro
Decifra-me ou te devoro!

Os manifestantes do Egito
Já não serão devorados
Pois um estranho enigma
Acabam de ter decifrado
O conceito de ditador
Parece esclarecido
Ditador bom é aquele
Que é aliado da Europa
E dos Estados Unidos

Capitão Mouro
Fevereiro de 2011

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